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Síndrome do Olho Seco
A síndrome do olho seco engloba diferentes afecções que resultam na inadequada lubrificação do olho pelo filme lacrimal. Apesar de apresentar alta incidência, seu diagnóstico não é fácil.
A lágrima é formada por três finas camadas: A mais externa é composta por lipídeos e sintetizada pelas glândulas de Meibomius presentes na palpebra; A intermediária, que é aquosa, sintetizada pelas glândulas lacrimal principal e acessória; A camada mais interna, que está em contato com o olho, é sintetizada por células localizadas na superfície ocular.
Cada camada possui uma determinada função, sendo que qualquer alteração ocorrida nelas compromete o filme lacrimal.
A produção lacrimal é afetada por fatores hormonais, poluição, alérgenos, trauma e emoção. Acredita-se que aproximadamente 14% dos idosos apresentem a síndrome do olho seco. Mulheres que estão na menopausa, indivíduos que utilizam lentes de contato, pessoas com doença auto-imune ou que utilizam certos fármacos, como antidepressivos, anti-histamínicos, diuréticos, anticoncepcional oral, entre outros, são mais susceptíveis a sofrer dessa síndrome. Indivíduos que trabalham com computador em ambientes com ar condicionado são comumente acometidos por essa afecção, assim como crianças que passam muito tempo na frente de televisão.
As manifestações clínicas são relativamente leves, como coceira, queimação, irritação, hiperemia, fotofobia, visão borrada que melhora após piscar e lacrimejamento. Este quadro clínico normalmente piora após passar um longo período assistindo televisão, por exemplo.
O tratamento consiste em colírios lubrificantes, mudança no hábito alimentar, higiene palpebral e alguns casos uso de antibióticos e cirurgias para obstrução do ponto de drenagem lacrimal.
Detectar a causa base é essencial para definir o melhor tratamento.
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